Exportações são metade do PIB e Stock de investimento atinge máximo histórico
A economia mundial sofreu bastante com a pandemia, a guerra na Ucrânia e o combate à inflação, no entanto, o Banco de Portugal transmite dados otimistas. Portugal registou em 2022 um crescimento do PIB de 6,7%, o segundo maior crescimento da União Europeia e o mais elevado do país desde 1987. O crescimento real do PIB nesse ano foi de 3,5%, pelo que terá sido o segundo ano consecutivo que o PIB de Portugal cresceu acima do da Zona Euro.
No que diz respeito ao Comércio de Bens e Serviços, em termos nominais medidos na ótica das Contas Nacionais, as exportações, com um valor total de 119,8 MM€ (81,3 MM€ em bens e 38,5 M€ em serviços) atingiram um peso no PIB de 50% (33,9% em bens e 16,1% em serviços). Face ao ano anterior, representa uma subida de 8,4 pontos percentuais (p.p.) (+3,8 p.p. em bens e + 4,6 p.p. em serviços).
A união Europeia (UE) foi o principal parceiro de Portugal, apresentando um contributo de 64,9% para as exportações e fornecendo 69,3% das importações, que face a 2021 corresponde a um crescimento de 27,4% e 25,2%, respetivamente. Por países, Espanha foi o principal destino das exportações portuguesas, com uma quota de 20,6% seguindo-se por França com 12,4% e Alemanha com 10,8%. A nível extracomunitário, os principais países de destino foram o Reino Unido e os EUA com uma contribuição de 9,1% e 7%, respetivamente.
As rúbricas com mais impacto nas exportações foram serviços de Viagens e Turismo, com um peso de 17,6%, seguindo-se pelas rúbricas de bens de Máquinas e Aparelhos, com 9,1% e de Veículos e Outro Material de Transportes com 8,1%.
No respeitante às importações Espanha foi também o nosso principal fornecedor com um impacto de 31,4%, seguindo-se da Alemanha com 12%, onde a representação de bens e dos serviços foi de 81,9% e 18,1%, respetivamente.
No que diz respeito ao Investimento Direto de Portugal (IDE) com o Exterior, segundo o Banco de Portugal, em 2022 a variação líquida total dos fluxos de IDE foi de 7,4 MM€, que representa uma redução de 780 M€ face a 2021. Por mercados de origem do IDE, Reino Unido, Espanha e EUA foram os principais, com 2 MM€, 939 M€ e 554 M€, respetivamente. Com registo líquido negativo há a salientar o IDE dos Países Baixos (–158 M€) e da Bulgária (–49 M€). Quanto à variação líquida dos fluxos de Investimento Direto de Portugal no Exterior (IDPE), ascendeu a 2,5 MM€, em 2022, o que significa uma subida de 1,7 MM€ comparativamente a 2021.