I&D em serviços de IT e digitais irá impulsionar o crescimento do país nos próximos anos
Portugal passou da 11.ª para a 10.ª posição das economias mais atrativas para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), em 2020, revelou um estudo da EY.
Segundo o estudo, no ano passado, foram anunciados 154 projetos de IDE no mercado português, dos quais 70% com fundos originários da Europa e 30% do resto do mundo.
No entanto, os 154 projetos representam um decréscimo de 3% em comparação com os 158 contabilizados em 2019, devido às incertezas causadas pela pandemia de covid-19, que fizeram com que a atratividade do IDE nos países europeus tenha caído 13% face ao ano anterior.
Apesar da ligeira retração do IDE em Portugal, 50% dos investidores inquiridos consideram que a atratividade de Portugal irá melhorar nos próximos três anos e 37% estão a planear estabelecer ou expandir operações em Portugal durante o próximo ano.
O setor da indústria transformadora lidera com 24% dos projetos e a investigação e desenvolvimento surge em segundo lugar com 33 projetos de IDE, sobretudo relacionados com investimentos em serviços de IT e digitais. Este setor é considerado por 45% dos investigadores como o principal setor a impulsionar o crescimento do país nos próximos anos.
Já a indústria transformadora, a I&D e os centros de serviços partilhados são "os motores do futuro”, já que mais de metade (62%) dos inquiridos que planeia investir em Portugal, ou expandir a atividade que já tem no país, pretendem fazê-lo nestas áreas.
A atratividade de Portugal continua a residir também em fatores como a qualidade de vida, clima de estabilidade social, fiabilidade e cobertura das infraestruturas de transportes, telecomunicações, energia, mas também na disponibilidade e qualificações da mão de obra.
Também provas dessa atratividade são o reconhecimento e prémios internacionais que têm colocado Portugal como um destino de eleição para o investimento em múltiplos sectores e especialmente por parte de investidores estrangeiros, segundo o estudo “Portugal no Radar dos Business Service Centres (BSC): a Atratividade do Mercado Imobiliário, Edição 2021”.
Consequentemente, o segmento de Centros de Serviços Partilhados está em franco crescimento em Portugal, dando resposta à necessidade das empresas de otimizarem recursos, assegurando níveis de produtividade máximos com custos mais competitivos, salvaguardando sempre a qualidade do processo produtivo.