Tecnologias de Informação e Oportunidades de Internacionalização
Na edição de janeiro 2023 da revista Portugalglobal da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), foi divulgado um estudo da organização, que reforça o potencial português no setor das TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação.
Segundo dados do INE de 2020, o setor é composto por cerca de 24 mil empresas que empregam mais de 147 mil colaboradores qualificados, o que corresponde a 3,6% do emprego em Portugal. O setor é responsável por receitas superiores a 21 MM€, o que equivale a 5,4% do total do Volume de Negócios (VN) das empresas portuguesas.
Em termos geográficos, é evidente a concentração do setor na região da grande Lisboa, que engloba 64% do VN da área, seguindo-se do Norte com 26% e o Centro com 6%.
O país tem vindo a destacar-se na sua oferta de software, nomeadamente software para empresas. Durante o período em análise (2015-2020), foi observado um aumento de 10% a 15% nos segmentos de software e serviços de TI, bem como um aumento de 21% na sua exportação, principalmente para a União Europeia.
A pandemia enquanto palco da transformação digital
Através da conjuntura vivida pela pandemia Covid-19, foi possível assistir a uma transformação digital que criou espaço para surgimento de um novo padrão de tecnologias de informação, designado “Terceira Plataforma”, pela IDC Portugal. Este paradigma permitiu o desenvolvimento de tecnologias como a realidade virtual, a inteligência artificial (AI), a robótica e a impressão 3D.
O futuro das TI em Portugal e no mundo
De acordo com a IDC Portugal, os investimentos em transformação digital vão acelerar-se no período entre 2022 e 2025, representando mais de 55% do investimento total em TIC. As iniciativas de descarbonização da indústria serão um objetivo fundamental dos projetos de transformação digital: 90% das organizações referem que vão reduzir as emissões de carbono até ao final de 2023.
Considerando as competências do talento português vinculadas à sua capacidade de ultrapassar barreiras culturais, destaca-se a possibilidade de internacionalização para mercados relevantes no âmbito da Terceira Plataforma, como é o caso da Europa Ocidental, Estados Unidos e Ásia, tornando assim Portugal num ecossistema próspero para startups tecnológicas.
Consulte o estudo completo aqui: Estudo